quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Retorno

Diante de mim a janela, um pouco atrás desta, sentado em confortável cômodo, alguém em busca do passado. O caderno é remanescente de uma escrita já não existe mais. A janela a visão de um mundo distante.
Calma lá fora.
Sinto o pulso.
É definitivo.
Eis-me aqui: escrevendo num velho caderno de pautas.
O fluxo, contudo, não me convence. Há algo de irreal nestas palavras, no conjunto desordenado que ora pronuncio. E me pergunto aonde quero chegar com essa pauta desordenada? Se duas são as linhas até aqui escritas, a sensação é de que estive aqui nos últimos vinte anos. Mas nada esvai dessa profusão.
Estou aqui.
Nunca saí.
Eis o retorno.