Andaime de mãos
Por algum tempo, Fanciele ficou arrumando as sacolas de cosméticos. Sua atenção, contudo, estava voltada para o homem que colocava azulejos. Alto e atlético, olhos verdes, o corpo uma estrutura bem montada, o rapaz alinhava a construção civil e sorria para o colega de andaime. Na primeira pausa, ele desceu e se aproximou dela. No catálogo, apontou:
– Vou encomendar este creme para as mãos.
Combinaram a entrega num bar próximo, três dias depois.
– Vou encomendar este creme para as mãos.
Combinaram a entrega num bar próximo, três dias depois.
Daniel chegou acompanhado. Tinha um laço humano em sua mão. Leve toque de dedos ásperos. O riso pulando no coração.
Chegam e permanecem sentados, os três. Franciele é quem faz o primeiro movimento, abre a bolsa, entrega o produto. Ela espera o pagamento e não tem palavras. O pote deixado sobre a mesa, apenas seu olhar que observa o dinheiro deixado, tudo está certo, falta apenas o aperto de mão, mas seus dedos são como um corpo que despenca e cai em um vão. Ninguém naquele bar vê, o acidente não é tão grave assim. Sob a mesa de poucas palavras mãos de andaime entrelaçam uma história que não termina ali. São mãos que vibram porque a noite chega.
Franciele apanha o dinheiro e vai embora.
Chegam e permanecem sentados, os três. Franciele é quem faz o primeiro movimento, abre a bolsa, entrega o produto. Ela espera o pagamento e não tem palavras. O pote deixado sobre a mesa, apenas seu olhar que observa o dinheiro deixado, tudo está certo, falta apenas o aperto de mão, mas seus dedos são como um corpo que despenca e cai em um vão. Ninguém naquele bar vê, o acidente não é tão grave assim. Sob a mesa de poucas palavras mãos de andaime entrelaçam uma história que não termina ali. São mãos que vibram porque a noite chega.
Franciele apanha o dinheiro e vai embora.
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