O dia mais feliz da tua vida
CRÔNICAS A MEU FILHO
No dia em que meu filho fez sua primeira viagem sozinho, fiquei pensando no direito que tem cada pessoa de responder qual o dia mais feliz de sua vida. E me foi impossível não pensar que a resposta estava ali, diante de mim, na janela do ônibus que levaria sua equipe de natação para um campeonato em outro estado. A resposta estava estampada no rosto e na euforia do meu pequeno, na sua pressa, cinco minutos antes, em entrar no ônibus, a corrida para chegar até o local do embarque, meia hora antes, a semana inteira tratando detalhe por detalhe para que nada pudesse ser esquecido, aquilo tudo que envolve os preparativos para uma viagem de longa distância, sozinho, só ele – a viagem de sua vida.
Tudo isso fiquei a pensar no instante em que a algazarra e a excitação da garotada ia em direção ao ônibus em meio ao desespero dos organizadores, a cara sisuda do motorista, a preocupação das mães e avós ao meu redor. Mas garanto que foi só isso o que consegui reunir – eu também estava viajando naquele ônibus... Outra infância, outro tempo. O meu. E enquanto o motorista iniciava a manobra, da janela do ônibus eu já avistava o abano rápido de meu filho, a pressa e a euforia de quem tem o mundo para descobrir. Mesmo que esse mundo comece um pouco antes, pela pergunta:
– Pai, onde eu coloco este papel que o homem do bagageiro das malas me deu?
No dia mais feliz da nossa vida que importância pode ter uma pequena etiqueta de mala?
No dia em que meu filho fez sua primeira viagem sozinho, fiquei pensando no direito que tem cada pessoa de responder qual o dia mais feliz de sua vida. E me foi impossível não pensar que a resposta estava ali, diante de mim, na janela do ônibus que levaria sua equipe de natação para um campeonato em outro estado. A resposta estava estampada no rosto e na euforia do meu pequeno, na sua pressa, cinco minutos antes, em entrar no ônibus, a corrida para chegar até o local do embarque, meia hora antes, a semana inteira tratando detalhe por detalhe para que nada pudesse ser esquecido, aquilo tudo que envolve os preparativos para uma viagem de longa distância, sozinho, só ele – a viagem de sua vida.
Tudo isso fiquei a pensar no instante em que a algazarra e a excitação da garotada ia em direção ao ônibus em meio ao desespero dos organizadores, a cara sisuda do motorista, a preocupação das mães e avós ao meu redor. Mas garanto que foi só isso o que consegui reunir – eu também estava viajando naquele ônibus... Outra infância, outro tempo. O meu. E enquanto o motorista iniciava a manobra, da janela do ônibus eu já avistava o abano rápido de meu filho, a pressa e a euforia de quem tem o mundo para descobrir. Mesmo que esse mundo comece um pouco antes, pela pergunta:
– Pai, onde eu coloco este papel que o homem do bagageiro das malas me deu?
No dia mais feliz da nossa vida que importância pode ter uma pequena etiqueta de mala?
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