Elisa Olívia
O primeiro dia não esqueço. Ela estava de vestido branco, cabelos encaracolados, loira feito a manhã. O lugar era o silêncio dos amantes: Campus do Vale, Instituto de Filosofia e Ciência Humanos. A sala de aula no final do corredor; ela, na entrada do prédio. Eu estava chegando para as aulas de História, e aquela foi uma das manhãs mais iluminadas da minha vida. Lembro cada detalhe desse dia. O dia em que conheci Madalena. Ela não tinha esse nome naquela época. O ano de 1986. Chamavam ela de Elisa. Depois, fiquei sabendo, Elisa Olívia e sobrenome italiano. Daquele dia em diante ingressou de maneira definitiva em minha vida, começou a percorrer as páginas de meus “cadernos de pensamentos” e neles entrou de vez, onde virou a “eterna companheira”. Dali, nunca mais saiu – do meu coração. Elisa Olívia Madalena habita, desde então, o meu coração – este músculo involuntário e arisco em cuja arquitetura sentimental ela está sempre operando em obras, carinho, compreensão. Hoje, contudo, não: ela está de folga. A revisora Madalena está de folga. Minha Neura não vem hoje. Janete Jane já disse: nada de tratamentos estético. Neste 8 de outubro, o dia do seu aniversário, viveremos juntos como se este fosse o dia mais importante de nossas vidas porque hoje é mais um dia em nossas vidas. E nossas vidas importam. A minha pessoa, Madalena, perto de você, Elisa Olívia, estaremos juntos. Todos, todas. Madalena, Janete Jane, minha “eterna companheira” e eu, Chicão. Parabéns!
8 de outubro de 2020.
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