quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Philip Roth na Psicologia

Na abertura do livro o autor falou de um certo Alexander Portnoy e contou que tinha um distúrbio em que fortes impulsos éticos e altruísticos se apresentavam em perpétua luta com extremados anseios sexuais, frequentemente de natureza perversa. Escreveu ainda que nessas situações são abuntantes os atos de exibicionismo, voyeurismo, fetichismo, auto-erotismo, mas que em conseqüência disso (ou por isso) a fantasia do leitor (ou do paciente) faz com que esses atos não resultem em genuína satisfação sexual, mas antes em avassaladores sentimentos de culpa e temor de punição. Disse, mas o leitor, parado e incrédulo, não leu.
Era um romance de Philip Roth e estava na estante errada.
Então ele apanhou o exemplar, olhou para todos os lados, colocou entre um manual e outro e caminhou em direção ao balcão da biblioteca. Retirou o livro e depois foi embora.

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