quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Parafraseando...

... um conto do Raduan Nassar, foi que “aí pelas três da tarde”, despojado de tudo que poderia haver em mim, abandonando a importância das coisas materiais que me cercam nesse recinto-momento, e colocando um olhar doce e cândido sobre a tela, outro lúcido e alerta aos meus colegas, sempre cuidando para que o desalinho da cadeira e dos meus cabelos não revelem a intensa profundidade do brilho por ventura contido nos meus olhos, a sensação de êxtase que me preencherá por quem sabe longos horas, longos dias, luas, e logo após um diálogo plano, franco e curto replicado em alguma espaço ou rede social, e depois de estar um tanto quanto realizado por ter conseguindo ser exatamente o sujeito simples que eu sempre quis, posso e quero ser – e que você, Maria Alice, está me ajudando a descobrir – sendo, portanto, apenas eu, no sentido mais querido desse egocentrismo transbordante que se pode gerar para outra pessoa, bem dito, em você, logo, o melhor de mim, foi então que eu grudei os dedos no teclado, imaginei um céu e uma janela na parede cinza à minha frente e, flutuando nesta sala cheia de responsabilidades, contratos e abstrações legais, foi que formulei, para ti, o seguinte:
Te gosto.

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