sexta-feira, 4 de julho de 2014

Legado

 Ao acordar numa manhã qualquer de julho, notei uma pequena marca no calcanhar do pé direito. Lembrou-me uma fixação destas feitas por ação de um grampeador, e isso me deixou intrigado. Ao olhar mais detidamente, percebi também que havia outra marca na panturrilha e outras tantas subindo o corpo de modo que a minha barriga mais parecia o gramado um campo de futebol, visto de cima, às vésperas do início da partida.
A disposição tática das marcas assemelhava-se aos tantos esquemas de jogo que eu já havia escutado ao longo de pouco mais de um mês de Copa do Mundo.
Era hora de abandonar o futebol.

Ou esquecer grampeadores – e toda sorte de trabalho acumulado em minha mesa.

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