Muro
CRÔNICAS A MEU FILHO
É hora do almoço. Sentados à mesa, eu e a cozinheira estamos esperando meu filho. Ele chega correndo. Ao sentar, espicha o pescoço, olha firme o grande prato ao centro da mesa e logo pergunta para ela o que teremos de comida hoje.
- Carreteiro.
Eufórico, ele olha para mim, e fazendo um hum-hum me diz:
- Vai ter que comer carne, pai.
Com a expressão de alguém que perde uma batalha, tento dizer:
- Soubesse disso teria aberto uma lata de sardinha.
Em seu combate imaginário, meu filho não perdoa:
- Sardinha!? Eca! Acho que eu vou construir um muro aqui no meio da mesa.
- Carreteiro.
Eufórico, ele olha para mim, e fazendo um hum-hum me diz:
- Vai ter que comer carne, pai.
Com a expressão de alguém que perde uma batalha, tento dizer:
- Soubesse disso teria aberto uma lata de sardinha.
Em seu combate imaginário, meu filho não perdoa:
- Sardinha!? Eca! Acho que eu vou construir um muro aqui no meio da mesa.
Durante o almoço, fico pensando nos muros que eu gostaria de ter construído ao longo da vida.
1 ComentÁrios:
hehehe!!!
Mateus 2 x Dêga 0...
Eu fico pensando: como somos/éramos tão "inteligentes" na infância?
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