Perturbação
O homem no seu limite. A franqueza extrema de admitir o próprio esgotamento. Como alguém que alcança a própria corda, a sua. Esta que alguém colocaria algum dia em seu pescoço. O olhar no limite. O escapamento. A velha sensação de estar faltando palavra melhor para definir o seu desespero. Ele, logo ele, o escritor consagrado que um dia a colocou em destaque num título de seus livros. Perturbação. A palavra poderia ser outra, poderia ser vida. Outra vida, outra fuga. Assim pensa. E dilui. Esvai. Corrida sem fim, linha de chegada ao ponto máximo: aqui chegamos para nada.
Eis o homem. E do homem o fundo (e no fundo não havia nada).
Em vão, ele nada contra a correnteza de seus atos, palavras, deturpações.
Inquieta-se. Levante. Ele está em busca.
Ele sabe.
Sabe apenas daquela inquietação de não conseguir encontrar o controle remoto, perdido como está, enfiado no meio de almofadas e restos de comida e de pensamentos que vão embora quando ele dá o clique.
Eis o homem. E do homem o fundo (e no fundo não havia nada).
Em vão, ele nada contra a correnteza de seus atos, palavras, deturpações.
Inquieta-se. Levante. Ele está em busca.
Ele sabe.
Sabe apenas daquela inquietação de não conseguir encontrar o controle remoto, perdido como está, enfiado no meio de almofadas e restos de comida e de pensamentos que vão embora quando ele dá o clique.
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