Mercado público
Encontrei um amigo da São Paulo dos Corações Solitário, e ele me
disse – estou de volta ao mercado.
Entendi como uma senha, a mesma de outras festas, e no mesmo instante
fui convidando – fica comigo.
Sua expressão era de dúvida.
Incrédulo nos sinais.
Também fiquei balançando em meus rompantes de menino excluído quando ele mencionou
não exatamente disponibilidades e reencontros, mas frutas e legumes, madrugadas tantas em busca de outro tipo mercadoria, além daquela feira
diárias de pessoas indo e vindo em sua banca em busca de algum tipo de negociação.
A nossa, tensão.
Tudo porque eu estava pensando noutras multidões, num certo baile
funk meses atrás, todos nós bem próximos no ritmo / balada /
dance, e o mercado de beijos, braços e pernas, enlace de massas e
músculos.
Eu e Carlos, Carlos e eu.
Indescritível prazer – e agora ele me diz que nunca mais aquelas
aproximações, ele me diz que não faz mais daquilo, que volta à
feira, madrugadinha cedo no mercado, que não está mais público.
Púbis saber.
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