Imagina
No currículo, anos e anos de estudos e de cátedra dedicada à Língua
Portuguesa; na vida, engatinhando no trivial de cada dia.
Na loja, depois de trinta minutos de indecisão, resolve pedir desculpa
pelo incômodo. Mais uma vez não levaria nada...
Na resposta – mais uma dessas pragas nacionais (todo mundo por aí
dizendo) –, a balconista responde:
– Imagina.
Quase vinte minutos depois, já bastante inquieta com a situação criada,
ela resolve interpelar novamente o ancião:
– O senhor está parado aí há tempo... Posso?
– Imagina. Só estava tentando imaginar.
Ideia original:
fevereiro de 2004.
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