terça-feira, 5 de novembro de 2013

Instabilidade - II




Há uma abertura. Inicia em minha casa, atravessa pátios, sobe paredes, encontra luz.
Tem a forma de um chuveiro, tem vida.
Ela.

Há outra luz, esta artificial, e depois de abrir as portas geladas onde a guardo, encontro a forma cilíndrica no desprendimento das horas mortas, na ponta de solidão que envolve o meu quarto de escrever.
Sou um homem só.

[Para esquecer minhas limitações, esta noite serei, mais uma vez, este cilindro frio e entorpecente.]

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